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quinta-feira, 28 de abril de 2011

No calor das emoções!


   Sabemos que é grande a comoção de pais, amigos e da população em geral por aquelas crianças brutalmente assassinadas em Realengo. Nada irá aliviar tamanha dor. Sabemos ainda que o sangue ali derramado era inocente e suas vidas foram ceifadas por uma mente doentia e perversa. Entretanto, não podemos agir no calor das emoções! Nunca. E essa, infelizmente, é a tônica de nosso país. Sempre que algo popularesco catastrófico ocorre, a população pressiona as autoridades e estas, mau preparadas ou despreparadas, procuram dar respostas imediatas aos problemas de forma paleativa e equivocada.  
   Como exemplo podemos citar o fatídico assassinato de Daniela Perez no final do ano de 1992. Para aqueles que são mais velhos esse exercício de memória será mais fácil, mas para aqueles que não o são, recomendo uma rápida pesquisa pela internet (google, notícias, youtube e etc) para saber o quanto o povo se sentiu aflingido pela atitude covarde de um homem problemático. A vítima era atriz de uma novela global de muito sucesso (status de semideusa nesse país "globalizado"), sua mãe a autora da referida novela, e ambas gozavam de muito prestígio ante a população. Por iniciativa de Glória Perez (que angariou mais de 1 milhão de assinaturas por todo o Brasil), o homicídio qualificado passou a figurar no rol dos crimes hediondos em 1994 (impôs a impossibilidade de pagamento de fiança para responder em liberdade e ainda impediu a progressão de regime, bem como uma maior cominação de pena).
   Naquele momento todos se sentiram "saciados" de justiça. A população matara sua sede de vingança. As autoridades (judiciárias, executivas e legislativas) concederam a resposta ao seu público-alvo (eleitores) e aumentaram sua popularidade. Contudo, em 2006 o STF decidiu pela inconstitucionalidade da impossibilidade de progressão de regime, e ainda mostra tendências claras de retirar o homicídio qualificado do rol que fora incluído. 
   Da mesma maneira discutiu-se muito sobre a redução da maioridade penal quando um jovem em Santo André matou sua própria ex-namorada por não querer mais o relacionamento. E como estes, existem inúmeros outros exemplos e sempre existirão.
   É preciso esfriar a cabeça. Não podemos pensar e agir no calor dos fatos acontecidos. Já existe uma grande corrente na luta por um novo referendo sobre o estatuto do desarmamento com fulcro no crime praticado pelo jovem Wellington. Será que iremos solucionar o problema desta maneira?
   Seja sua resposta sim ou não, devemos realizar tal questionamento após alguns meses dos terríveis fatos ocorridos. Não quero entrar no mérito da questão. Minha opinião é e sempre será clara quanto ao assunto, contudo, não devo meditar nesta em um momento de comoção.
   Aguardemos mais tempo!


Guilherme Abreu

segunda-feira, 25 de abril de 2011

De volta!

   Após um período de estudos e cursos e muita, mas muita, procura de empregos, voltamos à nossa programação normal!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Cansaço


  Desculpe-me por ficar tanto tempo sem escrever, mas o cansaço e o desânimo começam a bater. Após o 6º emprego recusado por ser formado, eu realmente cansei. Não sei o que fazer! Help me us God!

Guilherme Abreu

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A ignorância do capitão do Penta!


   É fato público e notório o a participação dos ex-jogadores da seleção brasileira em um amistoso realizado na Chechênia no mês passado. Tal jogo fora promovido pelo ditador Ramzan Kadyrov (tirano acusado de inúmeros crimes bárbaros especialmente contra seus opositores) em um recém construído estádio com o intuito nítido de popularizar-se ante a sua atemorizada população. 
   Alguns dias após a realização deste, em um ato de lucidez, o ex-saupaulino Raí veio a público manisfestar sobre a sua participação (você pode ler aqui: http://odia.terra.com.br/portal/ataque/html/2011/3/rai_se_diz_envergonhado_por_participar_de_amistoso_na_chechenia_152748.html  ou aqui: www.rai10.com.br/?p=3499  ). Um indivíduo com tantos projetos sociais interessantes e valorosos de fato não deveria ter ido e se corrompido com um alto cachê para promover um regime totalitário. Aliás, nenhum ser humano com força política ou grande publicidade deve apoiar (mesmo que indiretamente) um Estado nestes moldes. Classificamos como louvável assim, o arrependimento tardio e a doação por parte de Raí,
   Entretanto, na segunda-feira 28, em um ato de completa imbecilidade e ignorância, o ex-jogador Cafú foi instigado a comentar também sobre o jogo (o qual participou) e também sobre as declarações de Raí. Lamento muito de ter que fazê-los ler tantas bobagens, mas aí vaí: http://esportes.terra.com.br/futebol/noticias/0,,OI5033794-EI1832,00-Cafu+rebate+declaracoes+de+Rai+sobre+jogo+na+Chechenia+infelizes.html.
   Sinceramente nem consigo encontrar palavras para comentar o discurso do ex-capitão da seleção brasileira. Infelizmente, essa é a realidade brasileira. Pessoas comuns e sem instrução ganham fama e dinheiro através do esporte, mas suas consciências continuam enraizadas na ignorância. Muito me admira uma pessoa que ajuda também os mais necessitados proferir tantas "idiotices por minuto". Seguindo a mesma linha de raciocínio do jogador Cafú, se um traficante de drogas resolver patrocinar uma "pelada" com o intuito de angariar fundos para a atividade ilícita estaria tudo bem? Você, Cafú, não tem que se importar com quem e o que está promovendo? Basta apenas receber e jogar? Se o estadista mata ou não, não é problema seu?
   Sem mais o que falar! Termino este post da mesma maneira que terminei o anterior: Caminhamos a passos largos para a imbecilidade! Oh, Pai, o que fazer?


Guilherme Abreu
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