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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Oriente Médio em 17 dias


   Como já puderam observar em meu post sobre o museu do holocausto, sou totalmente pró-Israel em meus pensamentos. O que, obviamente, não me faz um anti-islamita. Contrário senso, sou tolerante e pacífico. Em meados de julho de 2010 tive a oportunidade única de conhecer o Oriente Médio (Egito, Israel e Jordânia, mais especificamente) com meu pai, professor de história e geografia. 
   Nada neste mundo pode se comparar aos dias ali passados (em Israel 7 dias, mais precisamente). Pisar e sentir aquele solo é algo extraordinário. Passear no Jardim do Túmulo (o qual acredito piamente ser o local exato da crucificação e sepultamento) e pela cidade antiga de Jerusalém (dezenas de vezes destruída e reconstruída) é fascinante. São momentos que ficarão eternamente guardados em minha mente, a despeito das recordações digitais da pós-modernidade. 
   A história milenar daquele povo sempre me comoveu. Aprendê-la de berço com o "melhor dos professores" dentro da minha própria casa também fez toda a diferença. Mas o que realmente me impressionou foi a organização em infraestrutura dos judeus e a sua indiferença com relação ao estrangeiro.
   Atravessamos a fronteira com o Egito via ônibus. Inúmeras perguntas preventivas quanto ao terrorismo são feitas em sua entrada (transportas algum explosivo em sua bagagem? algum árabe tocou em sua bagagem? pretende realizar algum ato terrorista em terras israelitas?). Claro que o fato de ser brasileiro e possuir um passaporte tupiniquim nos escancaram os portões de entrada em qualquer nação, contudo, o agente federal de alfândega se intrigou com meu nome, segundo ele, "de origem árabe". Após minutos de um bom diálogo em inglês (e de repetir por 10 vezes meu nome), consegui convencê-los de que não iria fazer nenhum mal à nação.
   Após a lamuria pela fronteira podemos contemplar em pleno deserto a tecnologia judaica de plantação de flores e frutas. Como afirmei supra, algo que realmente me impressionou. Enquanto toda a europa encontra-se embaixo de neve, Israel exporta tais produtos em toneladas. Além disso, toda comercialização e lapidação de diamante no mundo é controlada pelos judeus. Um questionamento simples vem à mente: Como, se eles não as produzem? De forma simples, detendo os meios mais peculiares e secretos de processamento das pedras brutas ou pouco lapidadas. Ainda ao sul podemos contemplar as mais importantes fábricas de chips e processadores de computadores do mundo. 
   A diferença da qualidade de vida é visivelmente enorme. Egito e Jordânia são lindos para os turistas, mas percebemos facilmente a pobreza e a gigantesca estratificação social. Por amor à pátria , o judeu serve 3 anos obrigatoriamente ao exército e a judia 2 anos. Todos permanecem com suas armas mesmo nas folgas e feriados (haja visto seu passado de guerras).
   Não temi em nenhum momento pela minha saúde e integridade física em terras sionistas. Mesmo com a presença de soldado armados em cada esquina. Algo me reconfortava e acalmava. Por fim, finalmente tomei coragem e conversei com um deles. Aquilo só me deixou mais tranquilo. Descobri ainda que em cada hotel e ponto turístico existe um agente federal altamente treinado e armado para solucionar qualquer problema que possa vir a surgir dia e noite. "Posso desarmar e enfrentar 10 homens", garantiu-me o indivíduo. "Grato", respondi, minha força e segurança está no Senhor.
   Entretanto, outra fato me impressionou, mas de forma negativa (mesmo sabendo que aquilo aconteceria). Judeus ortodoxos (aqueles com tranças nas costeletas e que andam de preto e de chapéu) controlam certos bairros de Jerusalém e nos proíbem de visitá-los. Vivem da ajuda do governo e não trabalham, pelo contrário, suas esposas trazem algum sustento para a casa, além de zelar pela mesma. Fazem suas orações diárias e nem ao menos dirigem seus olhares para os estrangeiros que se encontram logo ao seu lado. 
   No mais, recomendo a todos que façam esta viagem. Pertine lembrar que em 04 de julho partiremos novamente com o mesmo destino (02 dias em Istambul - Turquia, 07 dias em Israel, 02 dias Amã - Jordânia e 05 dias no Egito). Quem se interessar contate-me (guiblanka.ml@gmail.com). Sua vida nunca mais será a mesma!

Guilherme Abreu

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