Links Úteis

sábado, 14 de janeiro de 2012

Tempo bom que não volta mais!


   Hoje faço 23 anos e 60 meses. Sem pompa. Sem festa. Sem alarde. Parece mais um sábado qualquer! Estudo, sono e preguiça. O que mudou? O que tirou o sorriso no rosto daquele garotinho atleticano que vibrava em frente um bolo? Pra onde foi o interesse em receber congratulações? Fotos, refrigerante e salgadinho...não mais!
   A vida passa e somos forçados a amadurecer. Compromissos e responsabilidades são exigidos de pessoas que certamente ainda não tem maturidade suficiente para tanto. Nossos adolescentes são obrigados a decidirem o que serão pelo resto de sua vida logo aos 17 anos de idade. 
   Não me lembro de quando parei e separei alguns minutos para desfrutar de algo que eu realmente gosto. Esse garotinho da foto permanecia horas e horas a fio brincando de bola, pique-esconde e outras tantas coisas. Sua mente voava e ele era feliz. Hoje, transformado está um jovem marcado por cicatrizes que não apagam nunca mais (não só as externas!). Uma semana sem uma severa enxaqueca é algo raro. Noites frias endurecem as articulações e causam dores horríveis em seu joelho. Mente, manipula, julga e erra sem precedentes. Seus defeitos são incontáveis.
   Insisto: o que aconteceu? Pra fora tanta alegria retratada na foto?
   Sinceramente, não sei a resposta. Se alguém souber, um dia me avise. O único alento é saber que essa vida é passageira. Vivo a esperança de saber que meu Rei voltará e resgatará todo riso que um dia fora arrancado. Secará toda lágrima do meu rosto. Com Ele irei morar pra sempre. 
   23 anos e 60 meses. Quanto tempo ainda tenho? Não sei...gastarei tudo meu Senhor!


Guilherme Abreu
   

4 comentários:

  1. No fundo você ainda é este garotinho..eu sei disso!Parabéns!Sua esposa

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Me lembrou a matéria que li outro dia na Carta Capital:
    "A realidade, parece dizer Allen, é tão tosca e cansativa que o melhor refúgio são os próprios sonhos, ou a projeção de algo que transcenda às mesquinharias mundanas...é uma pena que só as crianças possam ser indelicadas o suficiente para colocar os fones nos ouvidos e deixar os adultos vomitando sozinhos, taças para o alto, as próprias conquistas. Na vida social adulta, ainda não inventaram o “mute” nem uma câmera que congelasse imagens e delatasse na tevê as nossas próprias patacoadas. Para todo o resto existe a digressão." http://www.cartacapital.com.br/cultura/azarao-do-oscar-e-um-tapa-na-afetacao/#.T0faobxl2N0.facebook

    Abços!

    ResponderExcluir

Locations of visitors to this page