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segunda-feira, 28 de março de 2011

Perseverança? Difícil no Brasil!


   Sinto-me cada vez mais compelido a crer na desonestidade das pessoas. Duro aceitar o fato de que presume-se a desonestidade e a honestidade é que deve ser comprovada em um país enraizada na corrupção em todas as escalas.
   Em uma entrevista de emprego (sim, estou procurando um novo para mim) passei por dois exames: um de conhecimento gerais e outro de informática. Algo simples a primeira vista e sem muita complicação. Surpreendente foi fato de não ter obtido nem ao menos 40 % da prova proposta aos candidatos! Não que eu seja um gênio ou algo parecido, mas possuo um diploma de nível superior em um Brasil de analfabetos funcionais. 
   Sai de lá profundamente triste e magoado comigo mesmo. Inúmeros pensamentos de frustação e angústia. Afinal de contas, de que adiantou ler tanto e buscar uma formação melhor a cada dia. NADA! Ao chegar na esquina comecei a rememorar as questões cobradas. Não eram nada complexas e os outros candidatos não pareciam tão bem preparados a ponto de irem tão melhor do que eu.
   Como sempre fui contestador e teimoso por assim dizer, voltei e pedi para ver novamente minha prova. Após alguns minutos de argumentação finalmente consegui. Para minha surpresa o gabarito da prova estava rigorosamente todo errado. Questões que tinha acertado foram corrigidas como erradas. Ciência exata como a matemática fora absurdamente afrontada. Aquilo me inflamou!
   Para citar como exemplo veja:
   Quanto é 0,5% de 100.000?
   a) 1000
   b) 50
   c) 500
   d) 5
   Ora, simples: se 1% de 100.000 é 1.000, então 0,5% é 500. Nem preciso de calculadora para fazer tão questão. Mas pasme caro leitor. A corretora afirmou que não é 500 a resposta correta! 
   Outro exemplo, agora de português:
   Qual das palavras abaixo não é acentuada?
   a) Item
   b) Juiza
   c) Ima
   d) Alguem
   Ora, qualquer dicionário da língua portuguesa iria apontar a palavra "item" sem acento. Mas o dicionário da aplicadora da prova não concorda com esta afirmação. Estes foram apenas 2 exemplos, pois existem outros como: Xícara escrita com "ch"; "senso" com "s" seria estatística; "conserto" com "s" seria apresentação musical; e vários outros que não vale a pena nem comentar. 
   Sinceramente não sei o que pensar. O "por quê" ou o "para que" aquela pessoa fez isso eu não sei. Até o presente momento tenho minha lógica de inocência invertida, ou seja, ela é culpada até que se prove o contrário. 
   O problema (para ela) é que agora ela encontrou alguém teimoso e que não se conforma com a injustiça. Não ficarei de braços cruzados esperando algo acontecer. Vou até o fim! 
   Abraços de um desempregado que tenta perseverar!


Guilherme Abreu


Um comentário:

  1. É isso aí, meu querido! É aquilo que conversamos ontem: sinto cheiro de segundas intenções...

    Sucesso!

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