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domingo, 13 de março de 2011

Números/Pesquisas/Estatísticas e Placebo

   
   A realidade existe e dela não duvidamos. Óbvio, estamos vivos e neste momento lendo/escrevendo este post. Contudo, o mundo como vemos pode ser distorcido e transformado de acordo com a vontade daquele que nos apresenta. 
   Pense e reflita, quantas vezes você leu uma pesquisa sobre o "café" ou o "ovo"? Force sua mente e busque lembrar; ela dizia algo positivo ou negativo sobre o café ou o ovo? Não consegue lembrar? Ou lembra de uma pesquisa para cada resposta? Curioso, não?! Qual de fato é a verdade? O café e o ovo afinal fazem mal ou bem à saúde? 
   Ora, ambos os alimentos fazem bem e mal à saúde ao mesmo tempo. De fato, dosados e consumidos da maneira correta (não sei qual a quantidade e a forma, consulte alguma pesquisa para saber) ambos fazem bem, mas aquilo que foge disso, faz mal. Os interesses de quem publica uma pesquisa é que devem ser levados em consideração antes de esta ser tomada como verdade em sua vida. Não é porque alguém contou, enumerou ou quantificou algo que aquilo é necessariamente verdade ou bom. 
   Você já reparou que de tempos em tempos alguma pesquisa sobre "chocolate e seus benefícios" é lançada na mídia? Quem teria interesse em ter a venda de chocolate aumentada? Não é preciso responder. Logo, estes mesmos interessados providenciam uma pesquisa (verdadeira) e imprimem tal ideia nas mentes das pessoas. Existem também malefícios? Sim. Interessam aos poderosos? Não. Logo, estes ficam de lado e nem são pesquisados ou comentados publicamente.
   Assista a este episódio do programa americano Penn & Teller sobre números e compreenda melhor o tema:







   Veja ainda esta pesquisa publicada pela Revista Veja - http://veja.abril.com.br/noticia/saude/noruega-melhor-pais-ser-mae ou ainda A MESMA PESQUISA publicada pela Revista Época - http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI137923-15227,00-CUBA+E+O+MELHOR+PAIS+EM+DESENVOLVIMENTO+PARA+SER+MAE.html . Como pode isto acontecer? A mesma pesquisa ser publicada de forma tão diferente a ponto da resposta final (aquela colocada na chamada) das estatísticas ser divergente? Se o senhor(a), caro leitor (a), souber explicar, por favor o faça nos comentários. 
   Durante as últimas eleições presidenciais (além de outras) passadas vivenciamos pesquisas e estatísticas escabrosas em suas essências. Para exemplificar meu ponto, leia a seguinte matéria - http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/segredos-metodos-curiosos-marcam-pesquisas-eleitorais-2010. Existem inúmeros métodos para induzir um pesquisado a dar seu voto ou intenção naquilo que o pesquisador deseja. Feito isto, basta uma simples aparição nos meios de comunicação de proporção nacional que o "serviço" estará completo. Tais métodos não passam de um "curral eleitoral pós-moderno".
   Ainda, assista a estes vídeos e note como nossa imprensa é "imparcial" e trata do mesmo assunto de forma "idônea":





   Para complementar a interessante ideia de que o mundo as vezes não é aquilo que se apresenta, assista o vídeo abaixo sobre os efeitos do placebo:


   Note como nossas mentes controlam nossos corpos. Neste caso, aquilo que distorce a realidade é nossa própria mentalidade. Não há nenhuma química em determinados produtos, mas os efeitos são superiores ao regulares. Como isto é possível? Sinceramente, não sei explicar. Fato é que o mundo nem sempre é o que parece ser.


Guilherme Abreu

3 comentários:

  1. Como isso é possível?
    Você já explicou.
    Plica em latim quer dizer dobra e ex-plicare corresponde a desdobrar. Portanto, explicar é tirar, revelar as dobras. Você desvendou algumas manobras daqueles que intencionam “dobrar-nos”, porquanto são compelidos pelo consumismo e extremoso individualismo, permanecendo apáticos a outras realidades que não estejam na sua esfera de interesse.
    Constatamos, também, que há diversas figuras de estímulos e muitas maneiras de apresentá-los.
    Outrossim, como bem salientado por você: “Nossas mentes controlam nossos corpos”.
    Pois é. Tudo é uma questão de estímulo, algo que incita respostas espontâneas, desejosas ou, até mesmo, contrárias à vontade.
    A emoção difere da motivação. Esta é uma atividade intectiva, enquanto aquela é, por vezes, desordenada. É um sentimento que pode variar do contentamento à histeria, da frustração ao desprezo.
    A mente é o governo geral do homem, quem a controlar, manterá todo seu ser sob domínio.
    Por conseguinte, devemos governar nossos sentimentos. Se nos deixar ser conduzidos por eles, seremos instáveis e imprevisíveis, porque ninguém, nem nós mesmos, sabemos quando uma emoção qualquer pode surgir e para qual direção ela pode nos levar.
    Por conseguinte, precisamos ter propósito definidos na vida e alguém para nos dirigir, caso contrário, os que possuem nos dominarão e seremos levados pelas circunstâncias.

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  2. Jogo de interesses... A "verdade" será expressada de acordo com o interesse. Tomemos cuidado!

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  3. Você tem razão Marcelo. Isso é bem sério mesmo.
    Este post nos faz pensar.
    É o que os “poderosos” temem, pois o poder de ação é maior se ninguém refletir e se entregar ao processo de raciocinar, aceitando o que nos dizem e nos fazem acreditar que são.
    Podemos nos convencer da veracidade de tudo que publicam? Vamos negar o que asseveram ser verdade? A realidade e o bom senso, respectivamente, nos advertem que não. Bom seria discernir para qual fim foi criado.
    Ao pensarmos, estabelecemos idéias, relações e juízos e isso afeta uma resposta, produto de nossas experiências.
    O estímulo quer pode ser inofensivo, sem malícia e segundas intenções, quer não.
    Eles afetam os órgão sensoriais, bem como nos faz “sentir” com o cérebro, por isso, a bem evidenciada frase do Guilherme: “Nossas mentes controlam nossos corpos”. Daí, a importância da realidade nela contida.
    Enganamos muitas vezes porque estamos com a nossa mente desprotegida. Não confrontamos, nem avaliamos.
    Necessário é ter um referencial concreto.
    Para meditação, leia Filipenses, capítulo 4, versículo 8 (uma carta do apóstolo Paulo). Eis aí um grande canal de idéias para armazenar na mente. Da mesma forma, este blog, que é um grande incentivo. Estimula o conhecimento, o aprendizado e enriquece meu patrimônio cultural e espiritual.

    Em tempo: Não dá para sabermos tudo pela lógica humana, tá. Como diz o salmista: “Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei” (Sl 119.18).

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